quarta-feira, 29 de junho de 2011

A arte da simplicidade

Sabemos que temos o cotidiano agitado.

Sabemos que temos milhares de coisas passando por nossas cabeças, que as cobranças são inevitáveis. Que muitas vezes tentamos agradar os outros e não realizamos. Nos descepcionamos e deprimimos.

Sabemos que o transito é caótico, o aquecimento global é uma realidade cruel, a futilidade da mídia é um fato. O dinheiro se acaba, o emprego desaparece. O que era fácil e provavél se torna difícil e incerto.

Sabemos que nem sempre as coisas são fáceis, e aí... que o pior acontece: Perdemos a simplicidade de ver as coisas. Buscamos de qualquer modo e à qualquer preço o que desejamos. Atropelando tudo e todos. Fazendo perder a afeição e a naturalidade das coisas.

Quando os olhos são simples, o peso daquilo que se parece ser insuportável ganha inesperada leveza. Os melhores sons, são aqueles que designa novo sentido na vida. Não vem dos grandes tumultos acompanhados de ruídos e inquietação da consciência. Mas dá simplicidade e singeleza da nossa natureza interior, como se fosse uma bolinha de madeira caindo em bambus, adquirindo forma e beleza entre meio um ambiente obscuro e confuso dos nossos pensamentos e atitudes.

Reflita..

A simplicidade não anula a profundidade das coisas.

Lucas C.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Esperanças de uma manhã desapegada.

Na manhã de hoje, caminhando em direção ao meu trabalho, desapegado ao meu redor, mal sabia o que poderia por vir logo adiante. Pois bem, seguindo o meu destino me deparo com uma situação não tão agradável. Passo em frente de uma lanchonete e observo um garoto que cheirava à mercaptana, com os pés inteiramente negros, e suas obras artesanais atravessada em sua caixa torácica, implorava um salgado ao dono. O dono desequilibrado, por estereótipo degradante impregnado em seu cérebro desumano, simplesmente pedia-o para que sairá e deixasse o lugar. Passei-me pela lanchonete observando a situação e pensei: “É simplesmente mais um cruel, nesse mundo de barbárie.”

No entanto, mais adiante me sensibilizei, parei-me ao meio dessa fatalidade distorcida que é comum de que aconteça nesse mundo devastador e repensei: “Como pode um ser humano ter a capacidade de praticar isso com outro? Como pode um indivíduo ser tão vago de sentimento e sensações com seu próximo?” Busquei e rebusquei respostas, não consegui encontrá-las. Contudo, a minha consciência não me deixou tranqüilo, em meio a todo o caos que consumia os meus pensamentos, por impulso inconsciente retornei-me a lanchonete e perguntei ao pobre garoto:
- Tens fome? Você quer um salgado?
Ele respondeu: Sim, tenho fome, não como faz alguns dias.
Fui-me em direção ao dono, sem nenhum sentimento de rancor e revolta e lhe disse:
- O garoto está com fome, dê a ele quantos salgados quiser, atenda-lo, por favor.

O Dono da lanchonete embatido com a situação, atendeu o meu pedido, perguntou ao garoto quantos salgados ele queria. Observei ao meu redor, avistei como as pessoas me olhavam, com olhares fixos, feito animais selvagens em busca de suas presas, impressionadas como se algo sobrenatural acontecia no momento. Digno de uma sociedade pouco compassiva, solidaria, e sensata. Logo, dirijo a minha vista ao garoto, noto que o jovem agarra o guardanapo com suas mãos horrendas e sujas, observo que o papel em branco toma forma diferente e cor negra. Ele faz o pedido. Nada menos que 5 salgados, sorrio e digo a ele:
- Se quiseres mais, peça, não tenha receio.
O garoto respondeu: Obrigado, estou satisfeito.

Dirijo-me ao caixa da lanchonete, pago o que lhes devia, e sigo ao meu destino. No entanto, chegam chamados aos meus ouvidos, me volto para trás, vejo o garoto vindo em minha direção, sorrindo. Uni-se a minha mão e me diz:
- Obrigado cara, você é a pessoa mais generosa que eu conheço no mundo.
Observo aquele sorriso, mesmo que seja um sorriso apodrecido, me preencho e absorvo toda a energia que é transmitida no momento, me emociono e digo:
- Eu não fiz nada mais do que é o necessário.
Selamos a ocasião com um forte abraço. Retorno ao meu caminho. Feliz, com sentimento de satisfação trasbordando em minha alma, emocionado, e preenchido com o fato.

Gostaria que todas as pessoas pudesse sentir o que sinto nesse momento, a pura sensação de satisfação e felicidade, meu sorriso se deságua em minha face. Sei que inúmeras crêem que foi um simples gesto frívolo e leviano. Do mesmo modo, sei que há outras que tem a sensibilidade e conhecimento de que esse sentimento é profundo. Enfim...

Devemos e podemos mudar essa realidade cruel que “sobrevivemos” e não vivemos. Conscientizarmos como é, de fato, esse mundo de ódio, egoísmo e discórdia. Actuar, fazer e, construir um castelo resistente de bondade e sabedoria, se tornando de livre vontade o compartilhamento do amor, da solidariedade, e da compaixão, valorizando os sentimentos, as sensações, o bom senso, e o conjunto de todos os homens.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Fuga de um des-mundo e alienação.

Tudo o que acontece tem uma razão. Oponho-me à essa razão, procuro compreendê-la e aceita-lá. Até o que parece ser um mal pode ser um bem. Creio que, uma divina sabedoria dirige tudo. Nada se dá ao acaso, mesmo as menores ocorrências. Do mesmo modo vejo que nessa sabedoria sempre tem um fim justo e bom. Busco a minha consciência, é nela o ponto de encontro dos pensamentos ruins e bons. Se meus pensamentos são bons, dá-se um ajuste e um estado de certeza e paz. Se os meus maus surgem, nascerá a incerteza, a intraquilidade, a dor. Portanto, devo coibir os pensamentos maléficos e gozar dos pensamentos bons.

Sei que tenho muita força escondida, sem uso. Sem dúvida, o meu agir muda as coisas. Transforma as situações. Impõe novo ritmo na vida. Desperta. Constrói. Leva para frente o que está parado.

Necessito retirar o medo impregnado ao meu mundo imagirário, adentrar à realidade e dizer: "Sou capaz, tenho força como e, vou conseguir". No entanto, tudo depende de mim começar. De inciar já a minha metarmofose. De sair da descrença e penetrar na esperança, deixando para traz pensamentos de inconformação, de medo, de intraquilidade e desespero. A vitória está com os otimistas. Vou seguir sempre em direção do caminho correto, e se.. entrar-me em bifurcação de incertezas, deixo à minha consciência trasbordar, assumir e me deslocar ao caminho certo.

Devo compartilhar os meus sorrisos, pois compartilhando eles, eu sorrirei também. Distribuir o amor, a verdade, e humildade para todos os que me rodeiam. Isso me tornará mais sereno e feliz. A inspontaniedade e felicidade se produz de um processo de interação comigo mesmo e os outros.

Portanto, de hoje em diante eu vou modificar o meu modo de viver, o meu caminho depende de mim, únicamente de mim, das minhas atitudes e ações. Confio e creio em mim. Tenho uma luz divina que me acompanha, me guia, e me alerta, em relação o que faço e o que eu devo fazer. Desvendarei meus desejos e olhares, combater a cegueiro do meu espírito e fazer diferente. Me alimentar de felicidade e satisfação.

"EU TENHO FORÇAS E VOU CONSEGUIR"

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O desarrolho de um mundo doloroso.

Pobres fúteis, e tão decadente as expressões dessa gente barateada e promiscua, tão quanto vulgar essa consignação de bens e capital. Pobres fúteis, considerar-se de grande valor em relação ao demais. Aos demais, aos comuns, ao popular, aos pobres. Pobres vocês, pobres de valor, de pensamentos, de atitudes, enfim.
É inacreditavel como essa gentalha se projeta acompanhada de um teor de superioridade, perante ao restante da sociedade. Mal sabem que essa superlatividade submestimada, e que subentendem as outras pessoas, de classe mais humilde, é de finalidade desumana e destrutiva.
Pobres fúteis, se achar por completo por saber ler e compreender o mundo de maneira errônea e excludente. Equivocam-se por crer ser indivíduo mais capacitado e, portanto, se elevar diante dos excluidos.

Ricos apreciosos, tornaram-se ao conscientizar do seu verdadeiro valor e importância dentro do seu mundano. Ricos apreciosos, havendo-se alteração das atitudes, das tarefas e obrigações que devem ser exercidas para uma sociedade mais produtiva e harmoniosa.
É de se crer por verdadeiro, que uma breve mudança pode-se acontecer. Valorizando, sensibilizando, ajudando e, acreditando no excluidos. Isto é, está às ordens das pessoas carentes, de pouca oportunidade, favorecendo uma melhor relação humana e, no entanto, fertilizando um laço entre os dominantes e os dominados.
Ricos apreciosos, serão no desvendar de suas perspectivas retrogradas e excluidora. Se pondo nos lugares opostos de sua normalidade luxuosa e frívola. Incorporando-se ao cotidiano "selvagem" daqueles que vivem miseravelmente excluidos, possibilitando lê-lo e comprende-lo que existem pessoas altamente capacitadas, concluindo que se deve unificar essa separação cruel e, portanto, equiparar os dois lados da realidade humana.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vivendo no cotidiano

Durante nossa existência, possibilitamos reflitir, repensar e modificar os comportamentos e nossas atitudes. Um dos aspectos importantíssimos é agir com ética, mas sem dúvida é preciso saber o que significa e como é agir com ética. Ela não é apenas uma palavra bonita. É ação reflexiva. É agir com o outro como gostaria que agissem com você. É assustador como vemos pessoas lesando moralmente e financeiramente as outras. Se realmente praticássemos a ética, certamente viveriamos em uma sociedade de mais justa e humana.

Um dos princípios ético é - evitar divergências e disputa de poder - nos ensina como podemos conviver com nossas lideranças com respeito, com diálogo, de forma assertiva, sem divergências, pois, procuramos viver a unidade. Cada um único e dentro da diversidade aprendemos cada vez mais um com o outro. Somos todos aprendizes da vida, que nos possibilita melhorar como pessoas. Este princípio vem reforçar que amar exige humanidade, tolerância, aceitar as diferenças, reconhecer os erros, ter firmeza de conduta, de princípios e principalmente estar aberto a conhecer e mudar.

Portanto, o amor ao conhecimento e à sabedoria com postura ética, nos salva da ignorância e da violência, nos proporcionando serenidade e melhoramento no modo de viver do cotidiano.

Existe a melhor religião?

Estando muitas pessoas juntas de diferentes religiões pode acontecer a tentação de alguém achar que a sua seja melhor do que a do outro e, até ir mais longe, querer obrigar que o outro pratique a sua religião. Fico me debatendo: O que faz as pessoas crer que a sua religião é melhor que a do outro? Afinal, para muitos a religião é usada como um dos instrumentos que alimenta a espiritualidade. Por quê seria um instrumento melhor do que o outro? Se nelas mesmo aprendemos que não devemos desprezar e desrrespitar o próximo e, muito menos, querer ser superior que o outro.

Para mim a resposta mais sábia para tudo isso é do líder budista Dalai Lima:
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do infinito. É aquela que te faz melhor."

E insistiram: O que te faz melhor? - "Aquilo que me faz mais compassivo."

Ou seja, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável, mais ético. A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião. Portanto, vamos nos encher de compaixão e estaremos próximos da melhor espiritualidade, visando que todas as religiões nos orienta e, que qualquer uma leva á sério a elevação da sua espiritualidade.