segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vivendo no cotidiano

Durante nossa existência, possibilitamos reflitir, repensar e modificar os comportamentos e nossas atitudes. Um dos aspectos importantíssimos é agir com ética, mas sem dúvida é preciso saber o que significa e como é agir com ética. Ela não é apenas uma palavra bonita. É ação reflexiva. É agir com o outro como gostaria que agissem com você. É assustador como vemos pessoas lesando moralmente e financeiramente as outras. Se realmente praticássemos a ética, certamente viveriamos em uma sociedade de mais justa e humana.

Um dos princípios ético é - evitar divergências e disputa de poder - nos ensina como podemos conviver com nossas lideranças com respeito, com diálogo, de forma assertiva, sem divergências, pois, procuramos viver a unidade. Cada um único e dentro da diversidade aprendemos cada vez mais um com o outro. Somos todos aprendizes da vida, que nos possibilita melhorar como pessoas. Este princípio vem reforçar que amar exige humanidade, tolerância, aceitar as diferenças, reconhecer os erros, ter firmeza de conduta, de princípios e principalmente estar aberto a conhecer e mudar.

Portanto, o amor ao conhecimento e à sabedoria com postura ética, nos salva da ignorância e da violência, nos proporcionando serenidade e melhoramento no modo de viver do cotidiano.

Existe a melhor religião?

Estando muitas pessoas juntas de diferentes religiões pode acontecer a tentação de alguém achar que a sua seja melhor do que a do outro e, até ir mais longe, querer obrigar que o outro pratique a sua religião. Fico me debatendo: O que faz as pessoas crer que a sua religião é melhor que a do outro? Afinal, para muitos a religião é usada como um dos instrumentos que alimenta a espiritualidade. Por quê seria um instrumento melhor do que o outro? Se nelas mesmo aprendemos que não devemos desprezar e desrrespitar o próximo e, muito menos, querer ser superior que o outro.

Para mim a resposta mais sábia para tudo isso é do líder budista Dalai Lima:
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do infinito. É aquela que te faz melhor."

E insistiram: O que te faz melhor? - "Aquilo que me faz mais compassivo."

Ou seja, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável, mais ético. A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião. Portanto, vamos nos encher de compaixão e estaremos próximos da melhor espiritualidade, visando que todas as religiões nos orienta e, que qualquer uma leva á sério a elevação da sua espiritualidade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Defesa barata

Todos nós em algum momento de nossas vidas já ouvimos falar em crise, já passamos por crises e, de uma forma geral, vemos a crise como algo negativo, maléfico. Certa ocasião ouvi um amigo dependente de drogas que, depois de uma recaída, queixava-se de uma profunda crise de consciência. O grande problema, lamentava-se, não era o fato de ele ter voltado a usa-lá mas o motivo pelo qual havia recaído. Ele usou para encobrir sua incapacidade para lidar com uma situação conflitante. A crise surgia diante da fraqueza com que o jovem lidava com as situações que lhes eram desfavoráveis.
Quantos de nós não travamos verdadeiras batalhas em nossas consciências quando utilizamos qualquer tipo de droga para disfarçar nossa incompetência diante de determinadas situações. A agressividade, por exemplo é uma droga constantemente utilizada como defesa diante de alguns conflitos e que demonstra a nossa inabilidade para resolver determinados problemas. Estive pensando ultimamente.. como vamos cobrar de alguém, aquilo que não somos capazes de fazer. Se fumo um cigarro qualquer, não posso cobrar do meu filho adicto que ele não fume o seu cigarro de maconha. Se me encho de medicamentos de uso controlado para disfarçar minha incapacidade de reagir diante das crises, como posso cobrar do meu filho que não use sua cocaína?
O fato é, que o nosso crescimento será maior, quanto maior for a nossa capacidade de administrar crises. A crise de consciência é um sinal de que não estamos satisfeitos. É um conflito que deve ser resolvido, que não pode perduar ou mesmo repetir. O problema é que, de uma forma geral, nos desviamos das crises. Afinal, a crise também trás angústia e sofrimento. Normal. Até Jesus em determinado momento tentou esquiver-se do sofrimento: "Pai, se possível, afasta de mim este cálice."

Narrativa de um EX

No início achamos que é só uma fase, que vai passar. Mudamos as amizades, a mente, mudamos de escola, manipulamos, troca a noite pelo dia, não respeita ninguém, não coopera com nada e ainda se sente injustiçado, mas racionalizamos dizendo que é coisa da idade. Aí vem a descoberta. Na maioria das vezes, muito depois do início do uso. Achamos que é só uma droguinha e que logo deixará, com o tempo passamos a esconder o fato e nos esconder de todos. Até aí achamos que conseguimos resolver sozinhos. Vem então a fase aguda; dos roubos escancarados e dos escandalos, das cobranças e ameaças dos traficantes. Não dá mais para esconder, temos que procurar ajuda. O sentimento de culpa e de fracasso é dilacerante.
Descobrir o grupo de apoio.. ouvir de alguém percas significantes é comovente. Aprendermos a distinguir os comportamentos relacionados à adolescência e os comportamentos à dependencia é delirante. Descobrir que nossos entes queridos tem que arcar com as consequências de seus atos é deprimente. Aprender que temos que eliminar todo comportamento facilitador à droga, sinceramente é a parte mais difícil, mas nada melhor que os pais orientando a desvincular as atitudes incoseqüentes, mas isso não passa de ilusões, na verdade duras penas, por que ele é, na verdade, o único responsável pela sua própria recuperação. Não adianta procurar tratamento para ele, A verdade é que ele só vai deixar a maldita droga, de fato, no dia que ele quiser, sem conselhos e obrigações alheias.